Algumas pessoas mudam a trajetória de nossas vidas e nem ficam sabendo. No meu caso, uma dessas importantes pessoas foi (e ainda é) Cláudio César Dias Baptista, ou CCDB. Pra quem não conhece, ele e seus irmãos Sérgio e Arnaldo, junto com Rita Lee, formaram Os Mutantes na década de 1960.
A parte na banda que cabia a CCDB era de construir (em uma época que nada se importava) todos os equipamentos da banda, guitarras, contrabaixos, amplificadores, pedais, caixas, mesas de som, ...
Foi depois de muito tempo que eu, comecei a me interessar por música e eletrônica, folheando Revistas Nova Eletrônica na biblioteca da escola técnica. Depois disso não consegui mais parar. Montei alguns pedais, caixas e cheguei aos amplificadores.
E aqui estou eu hoje, montando amplificadores.
E pra minha alegria e surpresa, consegui descobrir aquele que era meu mestre sem saber e que hoje é meu querido amigo CCDB.
Hoje CCDB não mais trabalha com eletrônica (nem mesmo falamos nesse assunto). A muitos anos, deixou a consolidada carreira da eletrônica pra trás, com o objetivo de se dedicar a um sonho, a obra literária GÉA.
E hoje, a seu pedido, transcrevo nossa última conversa.
Obrigado meu amigo Cláudio.
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Oi, Luciano!
que ótimo receber mensagem sua! Eu não sou mestre, apenas um aprendiz. Ou, se sou mestre, você não o é menos.
Enquanto respondo, a página cujo link você me apresenta está se abrindo. Já vejo o fundo negro e os dizeres... Pronto!
Eis o comentário que eu gostaria de colocar no blog, mas ele só aceita usuários cadastrados - estou copiando o comentário da tentativa que fiz de colocar lá:
"Oi, Luciano!
Parabéns pelo Dynaplex Laranja!
Ele me lembra a mais bela ritmonave do universo: a Laranja, o disco voador de Clausar.
Imagino que o som seja tão belo quanto a imagem e fico na esperança de ouvi-lo.
Abraço forte, do amigo
Cláudio - CCDB"
Você poderia colocar por mim esse comentário lá no blog?
Parabéns pelo trabalho na construção do teatro!
As ruas mais caminhadas por mim na Pompéia eram a da minha residância, a lendária Rua Venâncio Ayres. Dela eu partia à noite subindo as ruas perpendiculares - e na excursão noturna (daí talvez o "Caminhante Noturno" dos Mutantes...) ia ao meu lado o saudosíssimo gato Limoeiro.
Na obra Géa está contada uma dessas excursões, no capítulo que antecede o capítulo "O Portal Laranja" (que é o portal do KSE, o LSD do planeta Géa). Limoeiro lá se chama "Citrusmônio" - e o Teorema de Clausar explica a semelhança.
Quando eu saía da Venâncio para comprar material na Santa Efigênia, não agüentava esperar o ônibus e começava a andar, daí a correr. Alcançava a Francisco Matarazzo, que eu subia a passos fáceis da corrida dos jovens, pegava a São João e colimava a agulha do Banco do Estado de São Paulo.
Chegava sem cansaço à Santa Efigênia, comprava o material... e voltava a correr pra casa. Adorava isso.
As correrias começaram quando eu partia da escola onde conheci Raphael Vilardi, em Vila Mariana e, em vez de voltar pra casa de ônibus ou de bonde, punha-me a correr avenida avante, alcançava e percorria a Av. Paulista, descia a Angélica, na praça Marechal Deodoro embicava pelo mesmo caminho que tomava quando voltava da Santa Efigênia, daí chegava à Turiassu, subia a Caiowaas... e estava na Venâncio - sempre descansado de tanto correr e respirar o ar ainda menos poluído de Sampa.
Todas as ruas da Pompeia eu percorria a pé. Quando não descia a Av. Pompéia pilotando o Simca Chambord de meu pai e matando de medo o irmão do Dinho, hoje repórter famoso das corridas de Fórmula I - vai ver pegou a mania de corridas por minha causa... hehehe.
Eu teria milhões de aventuras ocorridas nas corridas e a carreira que ali comecei... mas não o quero cumular de texto cheio de saudade.
CCDB Livros
Assim que você tiver um tempinho, por imenso favor, visite CCDB Livros!
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Espero que você ache o preço justo e que venha a ler on-line. Sua opinião sobre o chassi onde se abrem os livros e a aparência - tudo enfim do site, seria muito proveitosa para os futuros leitores.
Por ora, você me autoriza a publicar esta sua mensagem no meu site?
Um grande abraço meu, da Giza e do Rá em você e na sua família! Que tudo de bom sempre lhes aconteça.
Cláudio
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